O prefeito

Depois de um merecido descanso do blog – uma espécie de fuga para refrescar a mente e entrar o ano revigorado – estou de volta, prometendo não passar tanto tempo sem dar notícias a quem me visita. No ano em que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa começa a vigorar no Brasil – esqueçam o trema, o hífen e a beleza de algumas palavras, que ficavam mais charmosas com o acento – prometo me adaptar à nova forma, mas não por ora. Por enquanto, quero falar das novidades que prometem fazer de 2009 um ano bom. Há duas semanas, uma equipe da TV Senado, de Brasília, entrou em contato comigo. Soube pela Editora da Universidade Federal de Alagoas que estou escrevendo um livro sobre Graciliano Ramos e como está realizando um documentário sobre o Mestre, queria me entrevistar. Depois de uma série de contatos com a Andrea Amorim, produtora do Leituras – um programa sobre livros apresentado por Maurício Melo Junior, um exímino conhecedor de literatura, muito cordial e de uma simplicidade espantosa –, a equipe desembarcou em Maceió no último sábado. Tinha agenda cheia: visita a Palmeira dos Índios, Quebrangulo, Buíque, cidades que fizeram parte da vida do escritor de Vidas Secas. Às 10h30, nos encontramos para um bate-papo sobre o político Graciliano Ramos, foco das minhas pesquisas. “Por que você decidiu escrever sobre Graciliano Ramos?”, abriu a entrevista o Maurício. “Porque a personagem Graciliano Ramos é tão fascinante quanto Fabiano, Luís da Silva, Paulo Honório ou tantas outras personagens do Mestre”, respondi. E a conversa seguiu quase informal – não fosse o rigor de um documentário sobre um dos maiores escritores brasileiros. Em quase duas horas de entrevista, falamos sobre os famosos relatórios, a paixão por Heloísa Ramos e as sete cartas de amor que consolidaram o romance, os atos de Graciliano como prefeito de Palmeira dos Índios, que desagradaram a uma série de pessoas, incluindo o pai Sebastião, que foi multado por criar bichos soltos nas ruas – “prefeito não tem pai”, mandou avisar o ‘abusado’ chefe do Executivo municipal. O documentário deverá ser lançado em breve. Depois de me passar um carão por não ter telefone, a produtora anunciou que me manda a data de lançamento por e-mail. “Vê se compra um celular, né?”, ralhou, antes de ir embora. Enquanto isso, o livro vai andando como convém. Mas confesso que a velocidade com que a história se passa na minha cabeça é muito maior do que ela se dá no papel...

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    # by Anônimo - 12:32 PM

    Neguinho,
    estou orgulhosa de ti e desejando, ansiosamente, ler tuas palavras novamente num livro.
    Escreve logo, viu?
    Te amo. E meu amor é inumerável, apesar dos já completos 15 anos. E mesmo inveterado, é inovador a cada dia. E sendo assim, insólito como eu, faz-se imortal, como tu. Te amo. Te amo. Te amo.
    Tua.
    Lu

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    # by Carlos Nealdo - 11:01 AM

    Bêibi,
    Adorei ver um comentário seu por aqui. Confesso que sentia falta deles. Muita. Agradeço imensamente pelas palavras de amor e incentivo. E quero aproveitar para agradecer por tudo ao longo de todo esse tempo. Um beijo grande.

    Amo você.

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    # by Anônimo - 10:57 PM

    Tun dun dun...
    Êta!
    Sou toda, toda, coração!!!