Cinema indigesto
Agraciado com oito prêmios no – literalmente – último Festival
de Paulínia (entre eles o de melhor filme, trilha sonora, fotografia, ator e
atriz), “Febre do Rato” estreia nesta sexta-feira, 22, em míseras nove salas de
apenas três cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro e Recife). A inquietante
obra do diretor Claudio Assis (dos ótimos “Amarelo Manga” e “Baixio das Bestas”),
que conta a história de Zizo (Irandhir Santos), um poeta anarquista e inconformado
que edita com recursos próprios o tabloide que dá título ao filme, enfrenta um
problema que vem se tornando comum na chamada “indústria” cinematográfica
brasileira: a deslealdade. Numa outra ponta, e ao contrário do que ocorre com “Febre
do Rato”, o indigesto “E aí... Comeu?” (sim, o título é de um mau gosto abissal)
invade 502 salas de cinema em todo o País. A comédia do diretor Felipe Joffily
(o mesmo do sofrível “Muita Calma Nessa Hora”) e estrelada pelo canastrão Bruno
Mazzeo é a aposta da tal “indústria” brasileira para estas férias. Os
produtores confiam no apelo popular do filme. Infelizmente, o “apelo” aqui é no
mau – e duplo – sentido.
This entry was posted on 21 de junho de 2012 at 6:03 PM. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.
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