Tapa de Humor

A gente só percebe o quanto o macho — de toda e qualquer espécie — é ridículo quando ele se apaixona. É nesse estado que o bom senso (se é que há) vai para os quintos, e quando muito, sobra a cara-de-pau. Sim, porque por mais ridículo que seja o macho, ele jamais perderá essa mania de se achar que está abalando. Não sabe ele que, muitas vezes, o que consegue é apenas se abalar.

A regra é clara (como costuma dizer certo árbitro de futebol, esporte que a grande maioria das mulheres acha ridículo, porque mostra o papelão a que se submetem 22 homens tentando chutar uma bola, enquanto outros milhares ficam vibrando com as peripécias dos marmanjos em campo): quanto maior a paixão, mais ridículo é o macho. Não é à toa que o futebol é a paixão nacional.

Mas o abestalhamento não fica restrito à espécie humana. Para despertar a atenção da fêmea, o pavão, coitado, abre seu belíssimo rabo, como se a pavoa estivesse interessada
num rabo. Que outro ser, a não ser o macho, se empavonaria todo para mostra o rabo para uma fêmea?

Pior ainda é o caso dos felinos, que quando se encantam por uma companheira demarcam o território com urina, num espetáculo mais do que ridículo. Fico imaginando o que não pensam as leoas, tigresas e cia limitada, que não precisam lançar mão desse subterfúgio para fascinar seus machos ridículos.

Com as mulheres o buraco é mais embaixo (sem duplo sentido). Quanto mais apaixonadas, mais femininas, mais delicadas, mais sensuais ficam. Seduzem com um olhar, não precisam
mostrar o rabo, como faz o pavão, nem urinar num pedaço de terra. Claro, se fizerem isso, conquistam mais ainda, porque já foi dito que o macho é ridículo, se encanta com tudo.

Desconfio que o macho não sabe se apaixonar. Ou pelo menos não sabe fazê-lo sem que demonstre a todos o quanto idiota ele fica: olhar meloso, babão, quase um bebê. Com um pequeno detalhe: os bebês não têm consciência do que fazem...