Uma Odisséia no Espaço
Muito se tem falado em animais em extinção. No mundo inteiro, grupos ecológicos levantam bandeira tentando salvar tudo que é bicho, inclusive o Tamanduá Bandeira – cujo sobrenome já é o instrumento de luta –, uma das espécies ameaçadas. A causa é boa e merece a atenção de todos os seres... principalmente os humanos. Como nem sempre sou politicamente correto, venho lutando há anos pela extinção de um animal, torcendo para que isso aconteça enquanto ainda estou vivo. Sei não, mas por via das dúvidas, melhor ele do que eu. Para os ecologistas, deixo claro que não se trata de espécie da fauna brasileira. Surgiu de uns tempos para cá, em plena era moderna. Tem várias denominações, mas responde tranqüilamente pelo codinome de Espaçoso. Todo mundo já deve ter se deparado com um espaçoso por aí. Há exemplares deles em tudo que é lugar, principalmente nos centros urbanos, o habitat natural da espécie. Figuras extremamente amostradas, fazem de tudo para chamar a atenção: param no meio da porta de locais públicos na hora de grande movimento, sem se dar conta de que estão atrapalhando a passagem. E fazem questão de ficar com raiva quando alguém lhe pede licença ou lhe diz que está obstruindo a passagem. Há espaçosos em bancos, aqueles que ficam examinando o extrato diante do caixa eletrônico, enquanto uma multidão espera na fila. Olha, refaz os cálculos, checa se o pré-datado entrou, confere o saldo com a maior paciência do mundo, ignorando os pobres mortais na fila. E há os que, depois de realizarem todo o ritual, ainda se demoram para atender o telefone celular. Detesto, em especial, os espaçosos do trânsito, aqueles que por pensar que são os donos da rua, fazem questão em manter o veículo no meio do asfalto, ocupando as duas vias. Para esses, nem adianta buzinar. Há também os espaçosos dos ônibus urbanos, que tratam logo de ocupar dois acentos, ignorando o sujeito que se espreme por falta de espaço. Faça um teste: você já deve ter se deparado com um espaçoso por aí. Nem que seja no estacionamento, ocupando duas vagas, deixando você sem alternativa, a não ser esperar. Por estas e outras, sugeriria a extinção. Sei lá, algo como mandá-los para o quinto dos infernos... Não, melhor não. Vai que lá, eles resolvam tomar o lugar do capeta...
This entry was posted on 6 de dezembro de 2005 at 3:11 PM. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.
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