Muito Barulho por Nada
Há pelo menos duas semanas não ouço falar noutra coisa senão nas charges com o profeta Maomé. Desde que as tais caricaturas foram publicadas num jornal dinamarquês, o mundo parece ter se dividido entre radicalismo islâmico e profanadores da fé alheia. Entendo – e concordo – que a crença é uma das maiores virtudes do ser humano.
Não sei até que ponto ela vale cem quilos de ouro, quantidade de metal oferecida pelo Islã para quem assassinasse os criadores das ilustrações. Fico me perguntando se a moda pega e resolvem presentear com ouro os caçoadores dos símbolos religiosos.
Quando Joseph Ratzinger assumiu, por exemplo, os engraçadinhos de plantão trataram de pôr alcunhas no pontífice. Chico Bento XVI eu ouvi pelo menos umas 15 vezes. Sem contar com trocadilhos do tipo “...E o Bento Levou” quando ele foi eleito Papa. Onde estão os radicais católicos nessas horas?
Ah, e teve também aquele cara de uma igreja evangélica que chutou a imagem da Santa, sem que ninguém chutasse o pau da barraca. Para mim, fanatismo não presta nem no futebol. Aliás, no futebol é que não presta mesmo, principalmente se o fanatismo envolver um time ruim. Em esporte algum, para ser exato, fanatismo acaba bem. Por isso preferia quando Mohammed Ali era Cassius Clay (até hoje me questiono porque os radicais islâmicos não detonaram o lutador, quando ele decidiu colocar o nome do profeta).
Por via das dúvidas, lá em casa ditados como “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé” estão terminantemente proibidos. Nada contra o profeta. Nem tampouco contra a montanha. Mas entendo que assim como a fé, dinamites também costuma remover montanhas. E como há alguns fanáticos que são meio estouradinhos, prefiro ficar calado.
O que sei – e isso eu digo porque vi as tais caricaturas – é que eu até pensaria em castigar o autor dos tais desenhos. Não porque mexiam com a fé alheia. Mas porque as charges eram muito ruins.
Não sei até que ponto ela vale cem quilos de ouro, quantidade de metal oferecida pelo Islã para quem assassinasse os criadores das ilustrações. Fico me perguntando se a moda pega e resolvem presentear com ouro os caçoadores dos símbolos religiosos.
Quando Joseph Ratzinger assumiu, por exemplo, os engraçadinhos de plantão trataram de pôr alcunhas no pontífice. Chico Bento XVI eu ouvi pelo menos umas 15 vezes. Sem contar com trocadilhos do tipo “...E o Bento Levou” quando ele foi eleito Papa. Onde estão os radicais católicos nessas horas?
Ah, e teve também aquele cara de uma igreja evangélica que chutou a imagem da Santa, sem que ninguém chutasse o pau da barraca. Para mim, fanatismo não presta nem no futebol. Aliás, no futebol é que não presta mesmo, principalmente se o fanatismo envolver um time ruim. Em esporte algum, para ser exato, fanatismo acaba bem. Por isso preferia quando Mohammed Ali era Cassius Clay (até hoje me questiono porque os radicais islâmicos não detonaram o lutador, quando ele decidiu colocar o nome do profeta).
Por via das dúvidas, lá em casa ditados como “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé” estão terminantemente proibidos. Nada contra o profeta. Nem tampouco contra a montanha. Mas entendo que assim como a fé, dinamites também costuma remover montanhas. E como há alguns fanáticos que são meio estouradinhos, prefiro ficar calado.
O que sei – e isso eu digo porque vi as tais caricaturas – é que eu até pensaria em castigar o autor dos tais desenhos. Não porque mexiam com a fé alheia. Mas porque as charges eram muito ruins.
Blasfêmia até chamar de charges.
# by Carlos Nealdo - 9:16 AM
Também acho, Denise. Passa por aí.
Valeu pela visita.
Beijos.
Postar um comentário