Gripe do Frango
Pandemia de Gripe Aviária. Caos total no País. Para conter o vírus, o governo proíbe aglomerações. Casas de diversões são fechadas. Bares, extintos. Alguns passam a funcionar na clandestinidade. Naquela noite, os dois resolvem se aventurar para relembrar as velhas partidas de futebol que terminavam sempre regada a cerveja. Dá-se num bar o encontro. Clandestino até no nome. Mesa pouco iluminada, ambiente quase vazio e a ordem de sussurrarem para não serem flagrados pelos federais.
- O que me revoltava era tomar gol frango – lamenta-se o amigo, a mão levada em concha à boca para evitar que a frase se espalhe como o vírus das aves.
- Frango!? Você falou em frango!? – gritou o outro, sem perceber a gravidade do ato – Quer chamar os federais?
- Calma, parceiro. Fala baixo! Parece até que tá de ovo virado...
- Ovo!? Você está maluco!? Se a polícia ouve a gente pronunciando essas coisas, vai nos botar no xilindró!
- Relaxa, cara. Não acredito que você vai querer cantar de galo comigo.
- Ih, rapaz! Se falar mais uma vez em galinácea aqui, vai terminar sobrando pra você...
- Cara, como você está estressado! Seja mais paciente comigo. Como diz o ditado, “paciência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.
- Caldo de galinha!? Tá de onda, peixe?
- Se apoquente não, baixinho. Se apoquente não. Tenha pena de mim...
- Pena? De galinha!?
- Não, meu rei. Não é desse tipo de pena que estou falando...
- Menos mal, né?
- Esquece, vamos mudar de assunto... Tá vendo aquelas peruas ali?
- Ih, lá vem você com esse papo de penosa novamente.
- Tô falando das mulheres, meu...
- Fala, brother. Que é que têm elas?
- Vamos azará-las, parceiro. Tu fica com a loira e eu, com a morena...
- Por que eu tenho que ficar com a loira?
- Prefiro as morenas... Além disso, a loira tem pé-de-galinha...
- Galinha, parceiro!?
- Desculpa, mano, esqueci... Não está mais aqui quem falou. Bico fechado.
- Bico? De que?
- Esquece, cara!. Baixa essa crista, ops!
- Tu tá demais...
- Olha ali, cara!. A loira está arrastando a asa pro teu lado...
- Cacete!!! Tu quer apanhar!?
- Quer saber? Melhor voltar pra casa. Impossível conversar com você. Prefiro ver um filme...
- Que ver filme que nada, rapaz! Qual é o filme que pode ser comparado a minha companhia?
Ia dizer A Fuga das Galinhas, mas preferiu ficar de bico fechado.
- O que me revoltava era tomar gol frango – lamenta-se o amigo, a mão levada em concha à boca para evitar que a frase se espalhe como o vírus das aves.
- Frango!? Você falou em frango!? – gritou o outro, sem perceber a gravidade do ato – Quer chamar os federais?
- Calma, parceiro. Fala baixo! Parece até que tá de ovo virado...
- Ovo!? Você está maluco!? Se a polícia ouve a gente pronunciando essas coisas, vai nos botar no xilindró!
- Relaxa, cara. Não acredito que você vai querer cantar de galo comigo.
- Ih, rapaz! Se falar mais uma vez em galinácea aqui, vai terminar sobrando pra você...
- Cara, como você está estressado! Seja mais paciente comigo. Como diz o ditado, “paciência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.
- Caldo de galinha!? Tá de onda, peixe?
- Se apoquente não, baixinho. Se apoquente não. Tenha pena de mim...
- Pena? De galinha!?
- Não, meu rei. Não é desse tipo de pena que estou falando...
- Menos mal, né?
- Esquece, vamos mudar de assunto... Tá vendo aquelas peruas ali?
- Ih, lá vem você com esse papo de penosa novamente.
- Tô falando das mulheres, meu...
- Fala, brother. Que é que têm elas?
- Vamos azará-las, parceiro. Tu fica com a loira e eu, com a morena...
- Por que eu tenho que ficar com a loira?
- Prefiro as morenas... Além disso, a loira tem pé-de-galinha...
- Galinha, parceiro!?
- Desculpa, mano, esqueci... Não está mais aqui quem falou. Bico fechado.
- Bico? De que?
- Esquece, cara!. Baixa essa crista, ops!
- Tu tá demais...
- Olha ali, cara!. A loira está arrastando a asa pro teu lado...
- Cacete!!! Tu quer apanhar!?
- Quer saber? Melhor voltar pra casa. Impossível conversar com você. Prefiro ver um filme...
- Que ver filme que nada, rapaz! Qual é o filme que pode ser comparado a minha companhia?
Ia dizer A Fuga das Galinhas, mas preferiu ficar de bico fechado.
This entry was posted on 23 de março de 2006 at 7:05 PM. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.
# by Denise - 7:01 PM
Muito bom!! Como vc tá, menino?
Anda tão quietinho por estas bandas...
abrçao, garoto
# by Carlos Nealdo - 8:56 AM
Oi, Denise!
É um prazer enorme ver você por aqui, sabia? Ando meio sumido mesmo. Vou tentar aparecer mais vezes...
Beijão.
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